Para chegar ao ICICT, preciso pegar dois ônibus: o 48, que me leva do meu bairro até São Francisco, e o 1001, que me leva de Niterói à Av. Brasil.
Neste trajeto já conheci pessoas, vivenciei ônibus quebrado, pneu furado, pedrada no retrovisor, engarrafamentos intermináveis, etc...Muitas vezes eu venho em pé e nem sempre por não encontrar assento vago, mas simplesmente por não admitir que gestantes, crianças, idosos e pessoas com necessidades especiais venham em pé...como sempre tem alguém com essas características, raramente eu sento.
Outro dia uma senhora me contou que viajou em pé, no ônibus lotado, cerca de 50 minutos (todo o trajeto do ônibus), perguntei por que ela não pediu o lugar de direito, ela disse que as pessoas fingiam não vê-la e ela se sentiu envergonhada em exigir seu lugar.
Antigamente eu criticava não só aqueles que não cediam o lugar, mas também aqueles que não reivindicavam o mesmo, entretanto, durante minha gestação senti esta “invisibilidade”, a falta de solidariedade e o constrangimento na pele. Com o passar da gestação, passei a reclamar meu assento no ônibus, preferências em filas e creio que nossa postura deve ser essa: reivindicar nossos direitos, fazer nossos deveres em todos os âmbitos da vida.
Finalmente, acredito que assim como a honestidade, ser gentil é nosso dever e obrigação!
Nenhum comentário:
Postar um comentário